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Amor não se procura!

Um dia desses me disseram que eu estava muito fria, simplesmente porque disse que não estou desesperada atrás de um homem para satisfazer minhas ilusões emocionais.
Não que eu não queira me apaixonar, nem me classifico como uma integrante do grupo das desiludidas. Mas o que eu busco é um amor maduro. Não quero alguém que diga que não pode viver sem mim, é um fardo muito pesado. Já é difícil ser responsável pela minha própria felicidade que dirá pela dos outros. Também não quero a necessidade de falar “eu te amo” a cada cinco minutos para me sentir segura… Mas alguém que apenas me faça sentir sem precisar dizer, sem auto-afirmação.
Depois de um tempo a gente aprende que o amor não é nada dessa coisa louca que dizem por ai, como uma onda que apesar de linda quando vista à distância, destrói tudo por onde passa.
Eu gosto de pensar que é mais como uma brisa suave de verão, trazendo alívio enquanto caminhamos de baixo do sol quente. Sabe do que estou falando, não sabe? Quem não respira fundo quando isso acontece? 
Enfim, a vida fica menos complicada e mais bonita enxergando as coisas desse modo.
Mas claro, é uma lição que só aprendemos depois de sofrer, perder algum amor criado por nossa ilusão inocente baseada em livros e filmes melosos. Um aprendizado que dói.
E quem não tem uma paixão inesquecível? Se não tem, prepare-se amigo, é de lei e te fará chorar escondido alguns litros de lágrimas em seu travesseiro. Mas ela se torna inesquecível não porque é nossa alma gêmea (conforme-se), mas porque a partir daí deixamos de ser pré adolescentes apaixonados para sermos adultos, amantes de nós mesmos, em busca de alguém não para nos completar porque não bastamos a nós mesmos… Apenas para compartilhar. Um parceiro ou parceira de vida, de rotina, de alegrias e confidências. Esse é o amor maduro, o amor que busco sem pressa e insisto em acreditar que está por aí, talvez esperando o momento certo para cruzar seu olhar com o meu ou talvez até já tenhamos nos cruzado. Quem sabe?! A vida é imprevisível, quero mais é que me surpreenda!

Oriente médio x Brasil

Vocês se lembram em quem votaram na eleição passada? Tenho certeza de que a maioria não. Sei também que, logo que se vê um texto de interesse político muitos fecham a página e vão ler algum resumo de novela em outro blog mais interessante.

Não posso criticar os que não se importam, em um país manipulado com o velho e sempre muito eficiente método “pão e circo”, é completamente compreensível.

Mas, talvez seja o momento de mudar se quisermos manter nosso país longe das guerras de poder e domínio territorial… Pense nos conflitos do Oriente Médio:

A Palestina era dona de seu território, assim como o Brasil, até serem obrigados a desocuparem suas terras para os Israelenses se apropriarem. Acha impossível que isso aconteça conosco?

Os conflitos no Oriente Médio, antes de serem por causas religiosas ou nacionalistas, são movidos por interesses econômicos de estrangeiros, a fim de dominar as fontes de petróleo. Lembre-se que o Brasil descobriu o pré-sal*, tem bastante água para fontes hidroelétricas e terras para produção de biodiesel. Inclusive é visto como a “futura potência energética do mundo”.

A Palestina não foi tomada da noite para o dia, foi enfraquecida estrategicamente através de discórdias disseminadas entre seu próprio povo. O Brasil, mesmo sendo uma nação de misturas de raça, não deixa de ser preconceituoso. Além de vivermos em guerra civil não declarada com os comandos de narcotráfico.

Os Palestinos foram encurralados gradativamente e hoje estão entre muros de 09 metros de altura. O Brasileiro em sua maioria não se dá conta da manipulação midiática e, principalmente, política.

Agora me diz, você ainda acha que nosso país será estável para sempre? Não esqueça que os recursos naturais são cada vez mais escassos. Acha que dá para continuar vivendo na sua e se preocupando apenas com roupas de marca, passeios no shopping, polêmica na vida de artistas e tramas de novela…? 

Enquanto isso… Saiba que:

Acordos políticos estão sendo feitos.

Privilégios e empresas são vendidos diariamente para estrangeiros.

Nossos jovens não são ensinados a pensar, apenas a obedecer.

Mal conhecemos a história de nosso país, nossas bandeiras e hinos.

Não somos instruídos para eleger nossos representantes políticos.

Não sabemos cobrar nossos direitos, aceitamos tudo sem reclamar.

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Apenas o conhecimento pode nos fortalecer, não se deixe cegar pelo véu da ignorância e comodismo. O problema que enfrentamos hoje é muito maior do que muitos conseguem enxergar, interesse-se, leia, busque as notícias que a mídia não divulga. Construa uma opinião própria para saber diferenciar a realidade da ilusão. Leve o assunto para a mesa de bar, para o bate-papo na hora do almoço. Eduque seus filhos para evitar que se tornem fantoches de mentes vazias.

Só assim, quem sabe, seremos fortes o bastante para mantermos a paz em nossas casas, em nosso país. Pense, mas não se esqueça de agir!

15 de novembro

Quem não gosta de feriado?

Uma oportunidade de fugir da rotina corrida a qual somos submetidos, respirar um pouco de ar ao invés da fumaça dos escapamentos e fábricas, só para variar…

Enquanto o rádio alertava sobre a fila imensa de carros em todas as saídas de São Paulo, me peguei pensando na razão para estarmos aqui, já que a maioria de nós nem tem um emprego tão bom assim.

Seria a ilusão de que São Paulo nos oferece uma vida mais luxuosa porque aqui temos os melhores restaurantes, boates e festas? A mídia pode até mostrar muita beleza, mas nós moradores sabemos que há um outro ângulo não tão belo.

Quantas famílias trabalham por um salário mínimo que hoje acho que está por volta de R$ 640,00, raramente vão a algum restaurante, no máximo, até a pizzaria do bairro e compram roupas de qualidade inferior porque as lojas “boas” cobram o triplo do valor justo? Pagam aluguel já que a renda não permite um financiamento e tornam-se escravos do sistema, sem poder ao menos voltar para a terra de onde saíram?

Por outro lado, existem às famílias de maior renda que trabalham de segunda a segunda sob pressão, não tem tempo para a família muito menos para viajar e espairecer, os problemas de saúde devido a rotina aparecem cedo… Ansiedade, gastrite, enxaquecas, depressão e etc., e o pior de tudo, tornam-se escravos de si mesmos.

Criamos uma vida de robôs, não temos tempo para a felicidade, tempo para nós mesmos… E tudo isso por uns trocados!

Não percebi em que momento da minha reflexão eu acabei dormindo, mas compartilho com vocês a paisagem que pude ver quando acordei e desejo a todos um excelente feriado!

A propósito, feriado de que mesmo? Proclamação da república? Que ironia!

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Pré – julgando

Se você se sentar em algum local público por alguns instantes e observar a conversa das pessoas ao seu redor, tenho certeza de que vai ouvir falar mal de alguém.

Estudos afirmam que a fofoca alivia o estresse, aumenta a produtividade no trabalho e que 80% das conversas são, de fato, relacionadas a vida de terceiros. O que causa a diminuição de nossa frustração pessoal.

Ai eu te pergunto: O que torna a vida de uma pessoa tão morna e desinteressante a ponto
de ela se ocupar com os acontecimentos polêmicos dos outros? Será que precisamos MESMO disso, apenas para sentirmos uma brisa de felicidade? Fala sério… Que vidinha chata, hein?!

Momentos que nos fazem esquecer ou diminuir nossos problemas, mesmo à custas das frustrações de outras pessoas, se tornaram um hábito em nossos dias. Mas acredite, se o boato for grande, pode-se ter a certeza de que foi construído por imaginações férteis, cada uma delas acrescentando ao relato original seus medos e inseguranças.

Até que ponto essa válvula de escape é saudável? Afinal, perdemos valores, não é mesmo? Falar da secretária que provavelmente tem um caso com o chefe, tudo bem. Mas que direito temos de questionar os valores morais de alguém? A não ser que você realmente tenha moral. E bem, se você não transa… Talvez eu faça um pré julgamento seu também.

Nós somos fugitivos da nossa própria verdade. Da verdade que cada um carrega. Não conseguimos ao menos respeitar a particularidade da história de outras pessoas, estamos sempre condenando e generalizando. Toda forma evasiva é satisfatória para escapar da própria realidade enfadonha e errante de nossa natureza hipócrita.

Que tal olhar-se no espelho hoje? Aceitar suas falhas e imperfeições pode ser o primeiro passo para compreender as falhas do mundo. Evolua, não seja mais um para apontar o dedo e sim aquele que estende a mão.

Liberta-te!

Está aí uma das coisas na vida que nos traz a sensação de liberdade e autocontrole:
O tão esperado pedido de demissão.
Após 06 meses em dúvida do que fazer, criei coragem e pedi as contas.
Sou o tipo de pessoa que se dedica apenas àquilo que vale a pena.
Empurrar as coisas com a barriga não faz parte da minha natureza.
Acredite, estou alguns quilos mais leve.
– Tem certeza de que quer sair…?
– Sim. Certeza. Certeza absoluta!
E saí,  sorrindo.
Mas e você, amigo? Está feliz com seu trabalho?
Quando acorda de manhã com o despertador berrando em sua orelha, te arrancando
daquele sono gostoso na melhor parte do sonho, te obrigando a sair dos braços quentes e
aconchegantes da sua amada companheira (também conhecida como cama), o que te
invade a mente?
Vivemos sufocados em uma sociedade que não passa um minuto sequer sem nos cobrar e
pressionar, trabalhando por pequenas quantias de dinheiro, pagando contas
absurdamente desproporcionais. Tudo isso para morarmos com dignidade (?), ter um
carro bom – mesmo sabendo que o “bom” é sempre muito relativo – e evitar olhares
negativos quando alguém pergunta nossa profissão:
“Atendente de telemarketing? Hummmmm…” – Pronto, perdeu a moral. Já era.
E a vida, minha gente? As histórias, viagens, o tempo que deixamos de passar com a
família, o lindo dia ensolarado que apenas contemplamos através da janela do escritório
enquanto o ar condicionado faz aquele barulho irritante misturado às vozes dos colegas
de cativeiro?
Afinal não me parece ser um propósito muito coerente vivermos tantos anos apenas para
trabalhar e acumular tralhas com tantas outras coisas boas espalhadas por aí, esperando
para serem descobertas!
Qual é? Estamos trocando um vício pelo outro! Para evitarmos a depressão devido a
carência que é viver rodeados de almas vazias e semimortas, transformamos o trabalho
em uma válvula de escape, com a possibilidade de sermos insubstituíveis.
Pura ilusão! Grande porcaria!

Nunca seremos bons o bastante. Não temos dinheiro o bastante, não somos bonitos o bastante, o emprego? Nunca é bom o bastante. Ahhhh!! Desculpa aí, mundão! Não sou fútil o bastante…

A questão é que a vida não te espera acordar, não te dá tempo para pensar. Sabe quem vai te enxergar? Sua família, os amigos que você faz pela estrada quando derruba os muros de seu individualismo, as pessoas que você se propuser a ajudar por qualquer que seja a razão – menos por interesse, aí não conta.

Eu costumo fazer comparações com os espelhos, você deve ver para ser visto. Deve olhar além de si mesmo. Aliás isso me lembrou a música do Jota Quest: “Do seu lado”. E com ela finalizo, porque hoje estou romântica e música boa é assim… Dispensa comentários!!

“Viver é uma arte, é um ofício
Só que precisa cuidado
Pra perceber que olhar só pra dentro
É o maior desperdício
Porque o amor
Pode estar do seu lado.”